segunda-feira, 19 de julho de 2010

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Tento, tento, tento e volto a tentar.
Ainda não te relaciono com o que aconteceu. É dificil, tão dificil, não tens noção. Mais de 11 anos contigo, e agora tento procurar alguma falha que tenha tido que pudesse ter evitado tudo isto.
Aconteceu tudo tão rápido: Num dia estava eu, em França, a viver os melhores dias da minha vida, com pessoas que tinha acabado de conhecer, em contacto com outras culturas, todos os dias com um sorriso estampado no rosto e não era forçado. Já sorria sem sequer reparar; e no outro, duas noticias chegam até mim, rompendo toda esta felicidade e qualquer sentimento bom que restasse cá dentro. Não me consegui conter e chorei. Chorei dois dias seguidos e continuo a chorar. Se me deixassem, ficava o dia todo na cama a ouvir musica e a rezar por ti.
Ainda me lembro dos nossos primeiros anos, na primária, ou no ciclo quando me sentava ao pé de ti e dividiamos a mesa com marcadores. As nossas mães chegavam a dizer que iriamos juntos até ao altar, pois fomos os unicos que desde o primeiro ano de escola não nos separamos. Até este ano, em que eu abandonei um pouco a minha turma na qual tu estavas, e parti para outra escola. Não consigo parar de lamentar tanto tempo que tivemos sem que fosse aproveitado. E agora, tem-se tornado tão dificil, todas estas perguntas, e agora até já é assunto ao jantar. Hoje não me consegui conter e tive que pedir licença e sair. Dói tanto o que eles dizem. Mas estão errados, sabemos que sim porque tu não tarda voltarás para casa, e como eu sempre disse, vais ser um grande historiador de televisão.
É nesta parte que as lágrimas caem e eu vou mais uma vez pedir licença para sair. Fica bem, peço-te.

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